sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Devaneio

A mente me levou e me trouxe e tudo o que me lembro era de ter pedido socorro quando fui levada. Não, dizia incansavelmente, mas ela não teve piedade e resolveu me testar mais uma vez. Um jogo simples, mas não para este ser, não para mim, não para isto que me tornei. Ainda esperei que fosse uma ilusão, um sonho talvez, um pesadelo diria com mais precisão, do qual não conseguisse sair até responder a charada. Tantas vezes o mesmo teste, tantas vezes perdi, errei, cai.. mas ela insiste. Estar nele me faz lembrar o quanto sou humana, e de que a vida ainda está presente em mim, mesmo depois de tantas tentativas de mandá-la para longe, depois de renegá-la ela não me deixou. Depois de mais uma vez "brincar" aqui estou em um estado de vertigem. Após alguns deletérios começo a pensar que talvez seja este meu quinhão. O intento já não mais persiste.. Transformações, regressões em uma busca desesperada por aquilo que penso me faltar para ser que queria ser. Uma necessidade e nada mais, interesse naquilo que pode melhorar todas as áreas que estão afetadas em meu ser. Nesta busca incansável me perdi em rostos, corpos, carinhos e abraços. Mente teimosa, será que não compreende os meus limites? Se compreende, por que até agora eu não consegui compreender? Serena por conformidade, controle por conveniência, solidão por insistência... De quem ou do que, ainda é incerto, tão incerto quanto uma jornada pelas nuvens. Acasos me abandonaram.. o destino me justifica. O estágio final em que me encontro é o mais difícil, é aquele que vai definir se é o fim do jogo, o começo de outro ou à volta para o antigo. Só depende de você mente, por mais que me subjugue a este castigo quem promove o cenário é você.. quem me tira da realidade, quem fantasia a verdade, quem me leva ao engano, à visão esquizofrênica...quem me traz à um lugar de esperanças e sofrimento exacerbado me tirando do equilíbrio necessário para ter aquilo que tanto desejo.

Emy(27.05.08)

Um comentário:

Anônimo disse...

reverencia !