"Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio em que escrevo e em que tu me lês." Mário Quintana
domingo, 30 de janeiro de 2011
Limpando a sujeira mental
A noite chegou carregando pesadelos envoltos de desencontros inconscientes. Quanto lixo mental varrido para baixo de fantasias recentes. Realidades criadas para manter o equilibrio constante das emoções. Parecia que a escuridão não tinha fim. Começava com dúvidas ressentidas e se estendia por longos dias de insegurança insolúvel. Todos pareciam sombras. Ao redor tudo virou pó. E agora o que sobrara eram apenas os esqueletos. Mas eram reais. De vez em quando opinavam. Podia ouví-los balbuciando soluções racionais. Absorvia cada susurro acoselhante. Reais. O tempo passara. Ossos secaram. E os sussurros continuaram a percorrer pelos seus neurônios. Os pesadelos eram susurros limpando a sujeira. As fantasias se multiplicavam como vírus. As soluções racionais as combatiam. Era torturante. Uma bagunça. Uma guerra. Finalmente os sussurros cessaram. As fantasias acabaram. O silêncio calara os pesadelos. Enfim, os sonhos retornaram. Tudo estava limpo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário