quinta-feira, 28 de maio de 2009

Até mais tarde "Lóri"


Estou impressionada!Comovida soaria mais sutil. Ou não. Não desejo aqui escrever um melodrama em palavras cotidianas, ou em seqüências drásticas progressivas. Admito minha dramaticidade usual, não quero me justificar, apenas ressaltar que um poeta é e será sempre dramático por natureza eu diria. Nascemos assim, então podemos optar por ser ou não ser. Optei ser. Gosto de imaginar o que eu seria se não fosse. Quem sabe o que seria? Mas deixando de lado complexas teorias de uma mente completamente insana, me encontro numa reflexão sobre a distância. De repente dois corpos estão em uma linha de espaço tão grande que se torna uma palavra: distância. Notei o obvio mais uma vez, o sentimento de perda tardio, pós perda, aquele que em geral as pessoas definem como “só dei valor depois que perdi”. Isso se traduz em muitas formas, objetos, humanos, amor, amizade. De forma geral, o mundo material e o subjetivo. A especialidade aqui inspirada gira em torno de amigos muito mais do que em outros tipos de relacionamentos. Mas é claro não vamos deixar de lado a vida humana, afinal aqui estou em carne e osso. Talvez em alma. Assim como qualquer perda, a distância é subseqüente. Precisamos de amor mais que qualquer outro sentimento para não sofrer perda no momento que se inicia a distância. Seres humanos eventualmente podem parecer muito estranhos. A primeira vista eu diria complexo e imprevisível. Aos que ainda se empacotam todas as noites com um pouquinho de amor e confiança parece que tudo farão para alcançarem seus objetivos. Aos que ainda se escondem por baixo do ódio e do descrédito parece que farão de tudo para se livrarem deste peso. E por fim, tem aqueles que dormem dormindo e se cobrem com simples cobertor, com uma neutralidade segura diante do globo rotativo. Estes são raros, e quiçá impossíveis.
Finalizarei com a distância. Que ela seja, mas que não interrompa. Confio na presença continua de afetos intactos, mesmo sob a ação do espaço.
(Dedicado especialmente à Kah..uma companheira de filosofias)

4 comentários:

L. disse...

Ei Emy!
Sinta-se em Marte entao!
Afinal, há sempre um mundo paralelo nessa vida!
Volte sempre!

Anônimo disse...

Emi...
Uma menina doce que conheci ainda em 2007, ela com aqueles óculos fundos.. cabelo preso...usando uma jaqueta amarelo queimado... E começamos a nos falar por causa de amores incompreendidos... Afinal isso foi apenas uma de nossas afinidades... gostar do que podemos tornar belo... fugir do convencional... fugir da dor, a pesar de sentirmo-nos tremer de dor.... Tem gente estranha neste mundo, né?
Gosto tanto de conversar com você... tu me compreende... sabe que dentro desta loucura toda existe uma coerência... E como te disse, como Lenine nos fala... “ a distancia não é nada mais que um cálculo” ... Acho que não consigo me imaginar o “não você” ou o “não vocês”... Mas sobreviveremos.... sabemos que foi a melhor escolha que poderia ter feito, isso significa muito mais do que uma troca.. mas sim uma prova de me guiar sozinha, sentir a liberdade... mesmo que ela ande em falsetes... E foi tão nobre o sentimento que todos os 4 tiveram, que sinto segurança e felicidade... além da certeza de ter feito o melhor...
Tô com uma dorzinha no meu timo... um dorzinha tão aguda.. e uma sensação de vazio... Mas deixaremos de melodrama por que ficaremos bem... Amo você... Uma vez tu escreveu “ amar-te é uma conseqüência de conhecer-te” (08/10/07)... Acredito que será assim sempre... Adorei o texto, como sempre!! beijos

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Nothing is gonna change our world!

Distance, hate, fights, disbelieves, people, the world itself! Nothing can beat the true feeling, the one that all of us are learning to create, to develop within ourselves but not by ourselves, but with the others around us, the friends that we are begning to discover that they are our true friends...

So what do I say? what ever to the distance, what ever to the people who make we be apart, what ever for the world... all I care about is that we are togheter, inside an endless space-time of feelings called Love.